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O que é a segunda onda do e-commerce

A segunda onda do e-commerce começa a se formar no mercado. Esqueça celular e geladeira: para continuar crescendo no mercado de 78 bilhões de reais do comércio eletrônico brasileiro, a saída será vender também roupas, cosméticos e artigos esportivos.

É a chamada “segunda onda” do e-commerce, com produtos que prometem, alavancar as vendas pela internet. Esses produtos possuem uma maior margem de crescimento em contrapartida aos eletrônicos e eletrodomésticos que dominaram a “primeira onda”, vestuário.

O Brasil ainda engatinha nessa transição, mas um relatório divulgado pelo Bradesco BBI, chamou atenção dos mercados. Ele apontou que a algumas empresas já se posicionam para atender às demandas crescentes por produtos da segunda onda.

Os analistas do Bradesco consideraram que essas empresas estão se mexendo para vender produtos de diferentes categorias. Além disso aprimoraram seus serviços de logística, enquanto outras ainda estão engatinhando nessa transição.

Pegando a segunda onda

Ingressar na segunda onda passará a ser cada vez mais essencial. Portanto, em um mercado dominado por quatro grandes varejistas no Brasil, sairá na frente quem souber se aproveitar deste momento.

Em 2018 somente 6,7% dos vestuário e sapatos vendido na internet, mas em 2023 pode chegar a 15%. Já para artigos esportivos, as vendas no e-commerce devem passar de 15% para 23%. As previsões são do Bradesco BBI com base em dados das próprias varejistas e das consultorias eBit/Nielsen e Euromonitor.

Oportunidade de crescimento

Apesar da pequena participação dessas categorias, há mais espaço para crescimento do que nos produtos da primeira onda, pois elas já têm as vendas no e-commerce mais consolidadas. Eletrônicos tiveram em 2018 32,5% das vendas online, com expectativa de 42,5% para 2023, enquanto eletrodomésticos devem ir de 29,9% para 37,5% até 2023.

Assim, embora as vendas de eletrônicos e eletrodomésticos continuem crescendo e representem mais da metade de tudo que se vende na internet brasileira, serão os produtos que hoje ninguém pensa em comprar online que farão o comércio eletrônico aumentar sua participação no Brasil.

Participação essa que ainda é considerada pequena: somente entre 4% das vendas totais no varejo é feita online atualmente. A taxa está abaixo da média mundial, de 12%, e em países como a China, as vendas online superam 30%.

Para os próximos cinco anos, o Brasil deve chegar a 10% de penetração do comércio eletrônico. A previsão é dobrar seu faturamento, dos atuais 78 bilhões de reais para 190 bilhões de reais em 2023.

A expectativa é de que “uma melhora contínua da experiência do usuário levará a mais compradores online, com crescente familiaridade entre consumidores levando a uma frequência de compra cada vez mais alta, como aconteceu em mercados desenvolvidos”, escrevem os analistas do Bradesco BBI.

Na segunda onda tem de tudo

Vender produtos da segunda onda é algo que estrangeiras como a  Amazon, Alibaba e JD.com já fazem em mercados desenvolvidos. Ana Szasz, diretora da eBit/Nielsen, explica que a cultura do e-commerce na população começa com entretenimento, como a venda de ingressos, vai para eletrônicos e eletrodomésticos (etapa na qual o Brasil está), posteriormente passa por produtos como vestuário e termina em bens não-duráveis, como itens de supermercado — categoria que, no Brasil, deve crescer 40% no e-commerce nos próximos cinco anos, com as compras online representando 1,5% em 2023, ante 0,5% em 2018.

Mas um dos maiores desafios no processo de vender roupas, cosméticos e produtos de supermercado pela internet é replicar a agilidade disponível na loja física, na qual o cliente já sai com o produto na mão. “No Brasil, a logística é um aspecto muito desafiador e que atrasa a capacidade do comércio eletrônico”, diz Szasz.

Em 2018, o prazo médio de entregas foi de 11 dias, e somente de 5% das entregas teve o prazo prometido em até 24 horas. Cerca de 86% das entregas foram realizadas dentro do prazo.

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Marketplace B2B e suas vantagens

É comum pensarmos em e-commerces nos termos de B2C, o mas marketplace B2B também está presente no mercado, oferecendo vantagens e oportunidades para as empresas.

Os Marketplaces estão em alta na internet. Eles abriram oportunidades para todos os segmentos e portes de empresas aparecerem e aumentarem suas vendas.

O que é Marketplace B2B?

No e-commerce B2C, o usuário escolhe um produto pela internet e a loja o envia para o endereço informado. O marketplace B2B funciona da mesma forma, mas, neste caso, as transações comerciais são feitas entre pessoas jurídicas. Ou seja, empresas visualizam ofertas de outras empresas, comparam especificações de produtos, as melhores condições e preços para, então, fecharem negócio.

Totalmente voltado para empresas, um marketplace B2B é um ambiente online, que funciona como um intermediário entre compradores e fornecedores. Tem como objetivo promover dessa forma negócios inteligentes, sempre atendendo às necessidades de compras das organizações. Pela internet, o comprador consegue achar todo tipo de produto e serviço direcionado ao seu negócio, compararando preços e especificações.

Em tempos de crise, marketplaces criam um ecossistema empresarial, no qual empresas formam uma rede de negócios relevante. A principal ideia é levar ao mundo corporativo um conceito de comunidade.

E para isso é preciso de mais volume e conhecimento sobre os parceiros de negócio. Isso se traduz em mais colaboração, compliance, transparência e auditabilidade para as empresas.

Vantagens de um marketplace B2B?

Fornecedores

Para o fornecedor, fazer parte de um marketplace significa aumentar a exposição de seus produtos e serviços a milhares de compradores, bem como ampliar as vendas com baixo investimento e pouco esforço.
Para isso, claro, é importante que o fornecedor mantenha seu cadastro sempre atualizado para ser facilmente encontrado na busca.

Os marketplaces também facilitam o gerenciamento das oportunidades e cotações, acessadas por meio de um painel de controle. Além disso, permite análises de performance por gráficos de cotações e faturamento.

Outra possibilidade é se candidatar nas cotações públicas do marketplace. Neste caso, o fornecedor solicita ao comprador aprovação para participar do processo de cotação, aumentando sua chance de fechar negócios.

Compradores

Já para os compradores, os usuários da plataforma têm a possibilidade de acessar as ofertas de fornecedores eletronicamente de qualquer dispositivo com acesso à internet, com informações detalhadas sobre os produtos e serviços em tempo real.

O marketplace B2B permite encontrar novas opções de fornecimento, divididas por categorias, e ainda conta com indicadores transacionais, fáceis de serem interpretados e com dados relevantes sobre a empresa fornecedora. Outra vantagem é que os compradores podem saber de antemão se ela atende ou não uma determinada região.

Quais diferenciais uma boa plataforma de marketplace B2B deve ter?
Ao escolher um marketplace, opte pela opção com bom volume de clientes e acessos diários na plataforma, pois isto garante que existam compradores em busca de fornecedores para participarem de seus processos.
O valor financeiro transacionado anualmente, e o volume de cotações e pedidos também devem ser levados em conta, bem como os anos de experiência da empresa.

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