A Integração ágil é baseada no uso de diversos métodos de integração visando a otimização de todo processo.
O sucesso nos negócios depende cada vez mais da capacidade de reagir à mudança. À medida que novos players disruptivos entram nos mercados, as organizações precisam estar mais preparadas. Ser capazes de mudar os planos, em ciclos mais curtos, é mais importante do que nunca.
No final da década de 90, houve um grande hype no mercado sobre a arquitetura SOA. Contudo, as necessidades do mercado atual exigem uma abordagem diferente da centralizada. É necessário ampliar de maneira substancial a quantidade de componentes de qualquer aplicação.
Portanto, tão importante quanto endereçar essas questões é integrar os componentes com a máxima eficiência. E existem várias formas de realizar essa integração.
Para despontar em seus mercados diante da transformação digital, uma nova abordagem arquitetônica chamada integração ágil reúne três recursos importantes que potencializam então novos processos e criam vantagens competitivas.
Integração distribuída
Por meio da integração distribuída, dezenas de padrões de integração refletem o trabalho corporativo e os fluxos de dados. Quando esses padrões de integração são implantados em containers, podem ser implantados na escala e no local necessários para aplicativos e equipes específicas. Em vez da tradicional arquitetura de integração centralizada, ela permite que equipes individuais implementem os padrões de integração que precisam. Dessa forma, gera agilidade e elimina o gargalo criado pela centralização, já que permite uma escalabilidade impensável no modelo antigo. Várias empresas sofrem com as arquiteturas centralizadas obsoletas. A migração para um barramento mais leve, flexível, elástico e não-proprietário é uma ótima solução.
APIs
API é uma maneira de representar um serviço de negócios como uma interface programável). APIs estáveis e bem gerenciadas têm um efeito enorme na colaboração entre equipes, no desenvolvimento e nas operações. As APIs envolvem os principais recursos em interfaces estáveis e reutilizáveis. Permitem então que essas interfaces funcionem como blocos de construção para reutilização em toda a organização, com parceiros e com clientes. Elas podem ser implementadas em conjunto com containers em diferentes ambientes, dessa forma permitindo que diferentes usuários interajam com diferentes conjuntos de APIs. Elas permitem igualmente que tenhamos um nível de integração que extrapola o Datacenter: integram-se clientes e parceiros aos seus sistemas, permitindo um controle de acesso e até monetização, criando um novo modelo de negócio.
Containers
Para as tecnologias de API e de integração distribuída, os containers funcionam como a plataforma de implantação subjacente. Os containers permitem a implantação em um ambiente específico de maneira fácil e consistente de desenvolver, testar e manter. O uso de containers permite um relacionamento muito mais transparente e colaborativo entre as equipes de desenvolvimento e infraestrutura. A elasticidade que as plataformas de container provêm faz com que os recursos sejam alocados sob demanda, atendendo os requisitos de performance que integrações com transformações complexas demandam e, depois do pico de utilização, retorna os recursos para que sejam utilizados em outros sistemas.
Individualmente, cada uma dessas tecnologias fornecerá agilidade significativa para desafios específicos de integração. Quando usados juntos, eles proporcionam um efeito multiplicador, a integração ágil.
A integração horizontal e vertical de sistemas (ou integração universal) está totalmente relacionada à indústria 4.0. A ideia é garantir que, ao aderir o processo de Transformação Digital, as empresas operem com uma integração universal. Desse modo, toda a cadeia de valor passa a operar de forma integrada e sistêmica, otimizando processos que ocorrem numa ponta da cadeia com base em eventos que acontecem na outra.
A simples integração de setores internos resulta em ganhos expressivos com a diminuição de retrabalho, erros, desperdícios e aumento da produtividade. Ao transpor isso para uma maior abrangência, fica fácil imaginar o grande impacto da integração horizontal e vertical.
O que é e em que se diferencia a integração horizontal e vertical de sistemas?
Para facilitar o entendimento sobre os dois tipos de integração, vamos começar descrevendo os processos horizontal e vertical. Conhecendo as etapas de cada um deles, é possível identificar o que queremos integrar em cada caso e, portanto, o que diferencia cada conceito.
Pois bem, o processo horizontal inicia após o relacionamento com os fornecedores e parceiros e termina no cliente. Portanto, se refere à cadeia de suprimentos/valor e envolve:
Desenvolvimento de produtos;
Produção;
Logística; e
Distribuição.
Assim, a integração horizontal consiste em conectar cada uma dessas etapas — incluindo os parceiros externos —, com o objetivo de, ao final, entregar um valor superior para o cliente. Certamente, essa não é uma tarefa fácil, mas é fundamental para os desafios de automação impostos pela Transformação Digital.
Se na descrição anterior o fluxo ocorria horizontalmente, agora ele ocorre na composição hierárquica da organização, ou seja, verticalmente. Ele envolve:
Chão de fábrica: onde a integração ocorre por meio de sensores;
Nível de controle: envolvendo máquinas e sistemas;
Nível de produção: composto pelo monitoramento, controle e supervisão;
Nível operacional: engloba planejamento, gestão de qualidade e da eficiência dos equipamentos;
Nível de planejamento corporativo: ligado ao ERP e, portanto, a gestão de pedidos, planejamento e gerenciamentos dos processos administrativos do negócio.
Como se preparar para a integração?
Os maiores desafios para implantar uma integração complexa, como a em questão, estão relacionados aos custos e a necessidade de colaboradores qualificados. As máquinas e os dispositivos necessários ainda são caros, mas tendem a uma redução significativa, como todos os equipamentos e dispositivos tecnológicos.
Além disso, as habilidades que hoje são fundamentais na indústria deixarão de ser necessárias nos próximos anos. Por isso, é fundamental ter em mente que a Transformação Digital é sobre pessoas e não apenas tecnologia.
Isso significa que é fundamental liderar a equipe no sentido de implantar uma cultura digital. A atitude de ouvir os colaboradores sobre seus receios em relação às mudanças, suas necessidades, visões e ideias, aliada a um plano para instruí-los e capacitá-los, são aspectos fundamentais para colocar a empresa no rumo certo.
Qual o papel da integração universal na Transformação Digital?
Já mencionamos a relação da integração horizontal e vertical com a Indústria 4.0, que consiste numa elaboração estratégica para ampliar a aplicação de alta tecnologia na manufatura. O modelo nasceu em 2011 na Feira de Hannover — Alemanha. O resultado foi um projeto com várias recomendações que, como sabemos, ganhou o mundo e despertou paixões.
Em um contexto de rápido desenvolvimento tecnológico, o governo alemão percebeu a necessidade de desenvolver um programa que: apontasse um caminho para a indústria incorporar novas tecnologias, se desenvolver e modernizar em relação às novas exigências mercadológicas. A Boston Consulting Group desenvolveu o modelo baseado em nove eixos que descrevem o contexto da integração universal no cenário. São eles: