A Integração entre Plataforma de e-commerce e ERP é fundamental para quem deseja aumentar as vendas em sazonalidades. Esse é o caso, como por exemplo, da Black Friday.
A rotina do e-commerce envolve o cadastro de produtos, a organização de estoque, a emissão de notas fiscais e o envio de mercadorias — assim como outras tarefas. No começo, pode ser fácil realizá-las manualmente.
Essa percepção muda à medida que a loja on-line cresce, dificultando a realização de tarefas manuais. Mas uma ferramenta de gestão pode ajudá-lo o ERP (Enterprise Resource Planning), ou sistema integrado de gestão empresarial.
O ERP é um sistema que integra vários setores de um negócio em uma única plataforma. Em comércio eletrônico, significa juntar áreas de cadastro, estoque, vendas, marketing assim como outras, no mesmo ambiente.
A integração com ERP é um passo fundamental para a loja virtual que deseja se preparar para a Black Friday.
Aumenta a agilidade na análise e monitoramento de KPIs
Os KPIs (Key Performance Indicators), ou indicadores de desempenho, medem o sucesso de seu e-commerce de modo geral ou focado em um determinado processo. Eles viabilizam a realização dos objetivos do negócio.
A integração com ERP possibilita a geração, a análise e o acompanhamento dos dados que orientam a definição de ações. Alguns exemplos de indicadores:
Traffic Sources: identifica de onde os usuários estão vindo.
Impressões: número de vezes que determinado anúncio é exibido.
Click Throughts: quantidade de cliques em um link.
Sessões: número de visitas em uma página.
Opt-Out: total de usuários que se descadastraram.
CPC: custo por clique.
Ao monitorar esses e outros indicadores antes da Black Friday, você maximiza o potencial de suas ações para melhorar a performance durante as vendas desse período.
Garante a precisão sobre os processos e atividades gerenciais
Como a integração com ERP agrupa informações de diferentes setores e etapas do processo gerencial e administrativo do seu e-commerce, permite que os dados transitem sem interrupções.
Essa é uma das maneiras mais eficazes de você identificar e eliminar barreiras, agilizando todas as ações que são feitas. No contexto da Black Friday, trata-se de um ponto fundamental para o seu sucesso nas vendas.
Relatórios de vendas que refletem a realidade permitem, por exemplo, que você identifique os produtos que têm a maior demanda. Dessa forma é possível preparar o estoque para o aumento significativo que ocorre na Black Friday.
Melhora o cadastro de produtos na loja on-line
A utilização de um bom sistema de ERP possibilita a integração SKU (Stock Keeping Unit), ou unidade de manutenção de estoque. Desse modo, você forma um cadastro com o máximo de informações sobre cada item vendido na loja on-line.
Fica mais fácil para que as diferentes áreas do seu negócio tenham acesso ao cadastro completo dos itens. Enquanto a equipe de compras determina a quantidade certa a ser adquirida, por exemplo, marketing e vendas traçam as estratégias para a Black Friday.
Facilita o cumprimento de obrigações fiscais
Outra vantagem da integração com ERP é a facilidade no cumprimento de obrigações fiscais. Sabemos que a legislação brasileira exige um alto nível de acompanhamento para que sejam evitados problemas com os órgãos públicos e consequentes multas.
A emissão e a entrega de documentos obrigatórios podem ser automatizadas por meio de um ERP. São eles:
A segunda onda do e-commerce começa a se formar no mercado. Esqueça celular e geladeira: para continuar crescendo no mercado de 78 bilhões de reais do comércio eletrônico brasileiro, a saída será vender também roupas, cosméticos e artigos esportivos.
É a chamada “segunda onda” do e-commerce, com produtos que prometem, alavancar as vendas pela internet. Esses produtos possuem uma maior margem de crescimento em contrapartida aos eletrônicos e eletrodomésticos que dominaram a “primeira onda”, vestuário.
O Brasil ainda engatinha nessa transição, mas um relatório divulgado pelo Bradesco BBI, chamou atenção dos mercados. Ele apontou que a algumas empresas já se posicionam para atender às demandas crescentes por produtos da segunda onda.
Os analistas do Bradesco consideraram que essas empresas estão se mexendo para vender produtos de diferentes categorias. Além disso aprimoraram seus serviços de logística, enquanto outras ainda estão engatinhando nessa transição.
Pegando a segunda onda
Ingressar na segunda onda passará a ser cada vez mais essencial. Portanto, em um mercado dominado por quatro grandes varejistas no Brasil, sairá na frente quem souber se aproveitar deste momento.
Em 2018 somente 6,7% dos vestuário e sapatos vendido na internet, mas em 2023 pode chegar a 15%. Já para artigos esportivos, as vendas no e-commerce devem passar de 15% para 23%. As previsões são do Bradesco BBI com base em dados das próprias varejistas e das consultorias eBit/Nielsen e Euromonitor.
Oportunidade de crescimento
Apesar da pequena participação dessas categorias, há mais espaço para crescimento do que nos produtos da primeira onda, pois elas já têm as vendas no e-commerce mais consolidadas. Eletrônicos tiveram em 2018 32,5% das vendas online, com expectativa de 42,5% para 2023, enquanto eletrodomésticos devem ir de 29,9% para 37,5% até 2023.
Assim, embora as vendas de eletrônicos e eletrodomésticos continuem crescendo e representem mais da metade de tudo que se vende na internet brasileira, serão os produtos que hoje ninguém pensa em comprar online que farão o comércio eletrônico aumentar sua participação no Brasil.
Participação essa que ainda é considerada pequena: somente entre 4% das vendas totais no varejo é feita online atualmente. A taxa está abaixo da média mundial, de 12%, e em países como a China, as vendas online superam 30%.
Para os próximos cinco anos, o Brasil deve chegar a 10% de penetração do comércio eletrônico. A previsão é dobrar seu faturamento, dos atuais 78 bilhões de reais para 190 bilhões de reais em 2023.
A expectativa é de que “uma melhora contínua da experiência do usuário levará a mais compradores online, com crescente familiaridade entre consumidores levando a uma frequência de compra cada vez mais alta, como aconteceu em mercados desenvolvidos”, escrevem os analistas do Bradesco BBI.
Na segunda onda tem de tudo
Vender produtos da segunda onda é algo que estrangeiras como a Amazon, Alibaba e JD.com já fazem em mercados desenvolvidos. Ana Szasz, diretora da eBit/Nielsen, explica que a cultura do e-commerce na população começa com entretenimento, como a venda de ingressos, vai para eletrônicos e eletrodomésticos (etapa na qual o Brasil está), posteriormente passa por produtos como vestuário e termina em bens não-duráveis, como itens de supermercado — categoria que, no Brasil, deve crescer 40% no e-commerce nos próximos cinco anos, com as compras online representando 1,5% em 2023, ante 0,5% em 2018.
Mas um dos maiores desafios no processo de vender roupas, cosméticos e produtos de supermercado pela internet é replicar a agilidade disponível na loja física, na qual o cliente já sai com o produto na mão. “No Brasil, a logística é um aspecto muito desafiador e que atrasa a capacidade do comércio eletrônico”, diz Szasz.
Em 2018, o prazo médio de entregas foi de 11 dias, e somente de 5% das entregas teve o prazo prometido em até 24 horas. Cerca de 86% das entregas foram realizadas dentro do prazo.